Os temores a respeito de uma recessão global aliados aos riscos fiscais internos deixam o Ibovespa em queda e alinhado às bolsas europeias e norte-americanas, um dia antes da divulgação da ata do Fed e após o PMI da zona do euro ter caído ao nível mais baixo em dezesseis meses.
No âmbito interno, o investidor acompanha as conversas sobre a inclusão de novos benefícios, como o auxílio-gasolina para motoristas de aplicativos, na PEC das bondades do governo Bolsonaro. O índice segue renovando mínimas, há pouco aos 96.850,67 pontos (-1,78%.
Embora o minério de ferro tenha subido nos mercados chineses, refletindo a possibilidade de Washington reverter algumas das taxas comerciais chinesas impostas por Trump (alta de 1,37% em Dalian e de 2,81% em Qingdao), siderurgia/mineração recua em cautela com os novos lockdowns em Macau, onde surgiram surtos de covid-19.
Vale (#VALE3) recua 2,53% (R$ 72,78) e CSN Mineração (#CMIN3) tem queda de 3,50% (R$ 3,58).
Usiminas (#USIM5) cai 2% (R$ 8,34); CSN (#CSNA3) -3,95% (R$ 14,34); Gerdau (#GGBR4) -2,80% (R$ 21,54); Metalúrgica Gerdau (#GOAU4) -2,55% (R$ 9,19).
Os papéis de empresas do segmento petrolífero acompanham o recuo da commodity nos mercados internacionais, com Petrorio (#PRIO3), em baixa de 5,09% (R$ 21,63), entre as maiores perdas do índice.
Petrobras ON (#PETR3) desacelera 3,77% (R$ 30,65); Petrobras PN (#PETR4) -3,74% (R$ 28,05) e 3R Petroleum (#RRRP3) -4,47% (R$ 34,66).
Os grandes bancos também caem em bloco. Bradesco ON (#BBDC3) perde 0,98% (R$ 14,10); Bradesco PN (#BBDC4) recua 1,52% (R$ 16,87); Banco do Brasil (#BBAS3) -1,09% (R$ 32,68); Itaú (#ITUB4) -1,50% (R$ 22,29); Santander (#SANB11) -1,08% (R$ 28,29). Dentre as poucas altas do índice, BRF (#BRFS3) registra o melhor desempenho, com ganho de 3,33% (R$ 15,22).
A alta dos juros futuros afeta as ações do setor de tecnologia, setor bastante dependente de financiamento, levando Locaweb (#LWSA3) a liderar as baixas, em queda de 7,23% (R$ 5,52).
(Priscila Arone) BDM
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