Não serei mais um a reverenciar o gênio Messi, enaltecer o coadjuvante de luxo Di Maria ou destacar a raça argentina em sua essência.
A nova campeã mundial de futebol mostrou depois de muito tempo que não há como ter um time vencedor com um ataque estelar e uma defesa frágil.
Nos últimos anos, a Argentina, por muitas vezes, se mostrava desequilibrada taticamente.
A qualidade no ataque contrastava com defensores inseguros.
Esse desequilíbrio gerou derrotas dolorosas, perdas de títulos e eliminações frustrantes.
Quem não se lembra da final da Copa aqui no Brasil quando eles perderam o título para a Alemanha?
No entanto, há dois anos que a seleção portenha já mostrava evolução significativa na solidez defensiva.
Emiliano Martinez, um goleiro seguro e que já mostrava alta performance em cobranças de penaltis.
Otamendi e Romero aliam experiência e vitalidade - um equilíbrio que há muito não se via na seleção argentina.
Fato é que se Martinez não tivesse defendido aquele chute do atacante francês no último minuto da prorrogação, o desfecho poderia ser outro. Messi saiu consagrado, mas deve muito à solidez defensiva do time.
A Argentina mostrou importância de você ter equilíbrio entre os setores. Assim como em uma carteira de ações.
A proteção vem exatamente das ações defensivas que são boas pagadoras de dividendos.
Quando o mercado cai, elas seguram o onda, geralmente mostrando quedas menores. Quando o ataque vai mal, os defensores têm que fazer o seu papel e não tomar gol.
Um portfólio de ações campeão se faz com uma combinação de empresas de qualidade agressivas que mostram grande potencial de crescimento com companhias maduras e geradoras de caixa que distribuem robustos dividendos aos seus acionistas.
Equilíbrio sempre será o nome do jogo quando o assunto é investimentos.
Tenha em mente que sem uma defesa sólida, não se faz uma equipe (carteira) vencedora.
Max Bohm
Comments